Ao contrário das demais ferramentas de autenticação, sistemas biométricos são muito variados, pois podem basear-se em qualquer característica humana, desde que essa esteja presente em todas as pessoas, seja diferente em pessoas diferentes e possa ser medida quantitativamente. Por isso, cada técnica biométrica tem seus altos e baixos.

Leitores de retina ou íris, por exemplo, apesar do alto desempenho e proteção, têm baixa aceitabilidade. Já reconhecimento de face, voz ou assinatura, ao contrário, apresentam baixa proteção e desempenho, mas alta aceitabilidade.

No que diz respeito ao preço, leitores de impressão digital estão se tornando cada vez mais acessíveis. Entretanto, sistemas baseados no padrão de digitação continuam sendo os mais baratos, até porque não necessitam de hardware adicional: um simples teclado basta. Uma observação a respeito de um sistema como esse, que verifica o padrão de digitação, é que, como ele analisa uma característica comportamental, precisará ser atualizado constantemente, pois características comportamentais podem ser afetadas por fatores psicológicos ou mudar com o decorrer do tempo.

Apesar do alto grau de segurança, sistemas biométricos também podem ser enganados. Uma das formas de se fazer isso é invadir o sistema e registrar sua característica biométrica lá.

Uma outra maneira de burlar a biometria é simular a característica biométrica de alguém. Na Internet, por exemplo, podem ser encontrados textos de como recolher uma impressão digital de um objeto e, com isso, fabricar um “dedo” de gelatina que na maioria das vezes engana sistemas de impressões digitais. E se isso funciona, pode-se imaginar que decepar o dedo de alguém também daria certo e essa é a razão de impressões digitais não serem usadas em caixas eletrônicos. Claro que para evitar artimanhas desse tipo, sistemas mais sofisticados fazem uma verificação a mais e tentam detectar “vida” na característica apresentada. Assim, tentar enganar um leitor de face com uma fotografia ou um detector de voz com um gravador não funcionaria.


MACHADO, Marcel Jacques. Segurança da Informação: uma Visão Geral sobre as Soluções Adotadas em Ambientes Organizacionais. Curitiba: UFPR, 2012. Trabalho de Graduação – Bacharelado em Ciência da Computação, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2012.